12 de dezembro, 2024 09:42
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Alessandra Scalise Batista Lopes – Arquiteta, Urbanista, Paisagista, Artista Plástica, Professora e muito antenada – agenda cheia

PRANCHETA: UMA PAIXÃO

Filha mais velha da professora de português e educação infantil Walkyria Scalise, casou se com 35 anos, em 2005 com o Paulo (que conheceu pela internet) . E,  deste casamento, em 2006 vieram as gêmeas Luana e Paula.

Sempre com senso apurado pelas artes, cresceu gostando muito de pinturas, desenhos e modelagens, a família sempre incentivou.  Tem uma tia, Walnyce Scalise, irmã caçula de sua mãe, formada em arquitetura na USP, em São Paulo, parecia  uma pessoa livre, muito artística, muito iluminada, inspiradora,  Este deslumbramento aconteceu quando , Alessandra era pequena ainda, mas  lembra  da USP, dos corredores, das salas de aula enormes, dos jardins, das rampas, da livraria., de algumas poucas visitas que fez no Campus com esta tia, aos 3 anos de idade. E, daí, começa a acalentar o desejo de tomar para si também tudo que a encantou, que sempre a inspirou nesta área..

Aos sete ou oito anos vem a lembrança, ´de dizer a todos que queria ser igual a tia Walnyce e fazer, de faculdade, Arquitetura e Urbanismo

Dos caminhos: Filha de uma família simples, a faculdade de Arquitetura e Urbanismo era muito além dos seus limites financeiros e da família.

 “ Então  era assim aquela coisa que você sonha, mas que você não sabia que você ia poder conquistar, almejar um dia. Não, nunca achei que fosse impossível, eu só não, nunca tive certeza de um dia conseguir poder cursar a faculdade, que era cara. E aí, minha mãe já, uma professora, né? E com salário de professora, com responsabilidades de arrimo de família, meus pais separaram, eu tinha cinco anos e meio e eu tenho uma irmã, que na época tinha cinco meses e morávamos em São Paulo retornamos pra Tupã para morar na casa dos meus avós maternos…” conta Alessanda. ,

Acabei com mais um modelo a ser seguido: a mãe e sua paixão  por ensinar, transmitir conhecimento, partilhar, direcionar, encantar .  Depois de alguns anos, a  tia começou a dar aula em cursos técnicos, e aí, achei o máximo ser arquiteta e professora. Tinha que gostar de falar,  sempre foi muito tagarela.

MAIS TARDE SERIA A VEZ de Alê entrar no curso do magistério e partindo pra educação.  Trabalhando com educação infantil descobriu que tinha paciência de sobra, muita objetividade e a coisa foi avolumando dentro dela.

Então, se formou em magistério em 1989, no ano seguinte, eu entrou pra faculdade de arquitetura e urbanismo e a formatura se deu em 1995.

Estando formada em  Magistério, já podia dar aulas, porque eu precisava de um emprego de meio  período, pois quando comecei a fazer faculdade aqui em Tupã, era num período semi-integral. As aulas começavam as cinco e dez da tarde, em alguns dias da semana, e  não podia ter um emprego que  saísse muito tarde, porque eu ia perder aula.

Fez o vestibular na época, passou em terceiro lugar e todos os meses  tinha que correr atrás de um desconto pra garantir que a mensalidade fosse paga e que pudesse ter acesso as provas. Na época não foi possível ter bolsa e não foi por falta de tentativas.

Formandos Arquitetura e Urbanismo 1.995 UNIMAR

“Quando estava do terceiro pro quarto ano, a faculdade, a Faut, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo aqui de Tupã, foi vendida pra Unimar. Na verdade, acho que foi antes disso, mas o fato é que o curso mais caro que tinha aqui em Tupã, naquela época, era Arquitetura e Urbanismo.  E o reitor da Unimar, queria levar o curso embora daqui e ele foi acabando, gradativamente com os outros cursos daqui. Quando  ficou só Arquitetura e Urbanismo o comprador ofereceu-nos bolsa integral para que fôssemos para a Unimar, uma vez, que segundo ele, não compensava manter aquele predio enorme aqui só com aquele curso.. A gente ficou desorientado, né? Eu e os meus colegas todos, porque era uma faculdade tradicional aqui em Tupã e a gente tinha toda uma estrutura pra estudar, que tinha a nossa marca, algumas esculturas, algumas instalações, alguns trabalhos, espalhados pelos jardins do nosso bloco. Ao mesmo tempo que eu não fui a favor dessa mudança, foi o que me salvou, por motivos, familiares, financeiros, eu ia precisar trancar a arquitetura no último ano de faculdade. A bolsa que  ganhei , possibilitou minha formatura. Minha tão sonhada graduação. Minha formatura foi no início de 1995 fui presidente de comissão de formatura fizemos um jantar dançante, porque éramos em poucos formandos e finalmente, pra honra e glória do Senhor, de toda a minha família e uma realização pessoal minha. Dedico essa formatura, a minha família, os meus avós e minha mãe, que abriram mão de muitas, muitas coisas. A gente tinha um carro velho, pois até isto precisou vender, porque chegou uma hora que era, ou a minha mãe me ajudava com a mensalidade da minha faculdade (antes da bolsa) ou a minha família tinha um carro velho que precisava de manutenção constante. Então, ninguém hesitou em ficar a pé para que eu pudesse me formar…” lembra Alessandra emocionada.

Para conseguir se formar, sempre  pintava telas, vendia nas reuniões das professoras, amigas da  mãe,  e que depois, passaram a ser minhas colegas de trabalho também. Fez decoração de festa infantil,  fez trabalhos para mais uns seis colegas que faziam arquitetura mas pagavam para que alguém fizesse seus trabalhos, pois queriam festar. E foi se mantendo no período da faculdade, trabalhou como secretária, num consultório médico e faz esses bicos. Esses trabalhos, essas festas e foi assim que  juntando dinheiro pra conseguir custear o meu material e ajudar sua  mãe a  pagar sua  faculdade, que o seu salário ia inteiro pra faculdade e ainda assim faltava mensamente uma quantia que sua mãe tinha que completar.  Então, foi um curso muito sofrido e muito valorizado em todos os momentos.

Alessandra estudou  numa época que não tinha internet, não tinha Google, não tinha AutoCAD, a faculdade inteira foi feita na unha eram desenhos feitos à mão, cinco anos, vários trabalhos, um material caríssimo, a maioria desse material importado e assim foi se virando.

Da experiência Profissional

Em 2000, a convite de um ex professor de faculdade e coordenador do curso de arquitetura daqui, foi convidada a trabalhar na prefeitura como arquiteta, já que era funcionária concursada do município.

Trabalhou no setor de Planejamento de 1998 a 2004.

Projetou desde carros alegóricos com sucata, até escolas, creches, postos de saúde. Reformas, ampliações e adequações de prédios públicos.

Fez logos para Uniformes,  Desenhou Fantasias para a volta do Carnaval de Rua. Foi a São Paulo comprar tecidos para as fantasias que criou.

Levou o Natal Iluminado para a Praça da Bandeira, em parceria com a Secretaria de Obras. Projetou a primeira casinha do Papai Noel, pedido da primeira Dama na época.

Trabalhou ativamente com a Secretaria da Cultura,  e Secretaria de Turismo, na implantação, reforma e estruturação do Museu dos Pioneiros na Varpa, cujo portal daquele distrito, foi um dos projetos que desenvolveu.

É responsável também pelo bosque do Museu da Varpa.

Trabalhou com Moradia Popular, Iluminação Pública, dispositivos de segurança no trânsito do Município, sendo Chefe da Divisão de Trânsito nos últimos 8 meses de 2004.

Quando o Plano Diretor do Município começou a ser estruturado, estava lá, compondo a equipe, ajudando e catalogando os levantamentos e dados do município.

Ou seja….. fez de tudo um pouco em 8 anos, passando pelos vários caminhos de Arquitetura e Urbanismo, dentro da Prefeitura Municipal.

 “Aquilo tudo para mim foi uma verdadeira escola. Eu tinha sede de aprender. Disposição. Dedicação. Me foi dada uma oportunidade única que nehuma escola ensina. O fazer, saber fazer. Conheci pessoas fantásticas. Aprendi de tudo um pouco, e, depois daquele período mágico, e apesar das especializações que fui fazendo em Urbanismo, Paisagismo e Segurança Urbana, durante aquele período, fui ‘devolvida’ para meu lugar de origem no Município  a sala de aula.

Isto me frustrou um pouco, pois eu tinha muito para compartilhar, dividir. Em educação infantil, não tinha como.”

Neste período, conheci meu marido, caseiem 2005 tive gêmeas em 2006 hoje com 15 anos. Fiquei uns 4 anos afastada da Arquitetura.

Quando, em 2009 abriu curso na Etec na minha área, vi uma oportunidade de compartilhar meus saberes.

Fiz o processo seletivo passei em primeiro lugar.

6 meses depois, outro concurso para fazer parte, de vez do quadro de professores da Etec. Passei de novo.

Lá estou até hoje.

Uma paixão dar aulas para adultos. Na mesma sala, alunos de 15 a 70 anos. Um desafio diário.

Nestes 11 anos de Etec, mais 1 Faculdade, mais uma Pós, uma Licenciatura. Porque, quando a gente AMA o que faz, a gente evoluir.

Na arquitetura, trabalho com FENG SHUI, Sustentabilidade, proporcionando aos clientes uma obra Personalizada e ímpar, pois tenho convicção que a casa tem que ter a cara do dono e não de quem a projeta.

Tenho projetos em Tupã e região,…. Parapuã, Herculância, Marília, Piratininga, Sorocaba, Valinhos,  agora também em Penápolis (terra do marido)

Procuro propor coisas possíveis de execução.

Acabei, por experiência em Legislação para Projetos atraindo pessoas com problemas do tipo: inventários, servidões, além dos projetos de Interiores e Arquitetônicos.

Continuo com meus Mosaicos (O Barroco, o mosaico raiz) e minhas pinturas em telas.

Não consigo ficar parada.

Agora, em trabalho remoto como professora, fazendo mais uma especialização também. Andar para frente é preciso. Mas não vejo a hora do presencial. Como descendente de italianos, o contato é muito importante para mim. O olho no olho. Torcendo para que possamos retomar nossas atividades presenciais com segurança.

Minha casa está em reformas e estamos fazendo, de novo (o quarto), o meu escritório. Uma construção que, para mim tem um significado enorme!

Então, daí vem assim:  se você quer, você faz, dá seu jeito.

Ninguém vai falar pra você que você não é capaz. Você é.

Então, eu acho que o não e o nunca não fazem parte do meu vocabulário…”

finaliza a Arquiteta

 

 

meus avós no dia em que me formei arquiteta José Hette e Cide Scalise Hette, Avós maternos

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