Dr. Paulo Tadeu conversa com Dr. Fabio Drefahl cirurgião vascular
Descubra se você tem e qual tipo.
As varizes de membros inferiores atingem até 35% da população mundial e em determinada faixa etária chega a acometer 80% das mulheres. Segundo pesquisas, 44% das mulheres não estão satisfeitas com a estética de suas pernas e gastam 4 a 5% do orçamento familiar com procedimentos para melhorar esta condição. As varizes são dilatações venosas que fazem com que a veia fique dilatada, alongada e tortuosa desenvolvendo contornos como se fosse um” mapa”. Uma grande confusão que existe principalmente nas peles mais claras é interpretar veias visíveis como veias doentes que exigem às três características citadas. Uma dica pratica ao leigo é tentar comparar o que vê com os contornos de um “mapa”. Se visualmente conseguir enxergar um desenho de um mapa nas suas pernas, é bem provável que esta veia seja varicosa. As varizes podem ser divididas em 3 grandes grupos : telangiectasias ou “vasinhos”, veias reticulares ou microvarizes e as varizes propriamente ditam.
Os “vasinhos” são veias dilatadas sub-dérmicas de até 1 mm com coloração azulada ou vinhosa que podem assumir várias formas. As principais seriam formas arboriformes (árvore), aranhas vasculares e isoladas. Tanto a cor, quanto à forma são importantes para escolher o melhor tratamento que podem ser feitos com Escleroterapia (aplicação de vasinhos), crioescleroterapia, Escleroterapia com espuma e laserterapia todos com bom resultado se adequadamente indicados. A importância da escolha do método está na eficácia do resultado e também nos custos de tratamento para o paciente. A laserterapia por exemplo, apresenta os mesmos resultados de técnicas convencionais, mas com maior custo sendo indicada para casos específicos como vasos na face.
As microvarizes ou veias reticulares são veias dérmicas de coloração azulada ou esverdeada de até 3 mm que podem ser isoladas e visíveis ou estar abaixo da pele nutrindo aqueles vasinhos que vimos acima. Neste caso é importante a diferenciação, porque se as veias que nutrem os vasinhos não forem esclerosadas (secadas) ou retiradas, a aplicação provavelmente não terá resultado ou terá somente resultado parcial. Para isso usamos os aparelhos como fleboscópio ou de realidade aumentada para enxergá-las e tratá-las. Podem ser tratadas também com as técnicas escleroterápicos citadas (“secagem de vasos”), laser e microcirurgia de varizes tendo esta última uma pequena vantagem por ter um menor índice de pigmentação pós procedimento.
As varizes propriamente ditas são veias maiores que 3 mm, mais profundas, que tem como grande diferencial estarem salientes, ou seja, projetadas para fora da pele. Neste caso, indica-se a cirurgia convencional tendo uma tendência para indicação do laser endovenoso ou radiofrequência quando há acometimento das veias safenas.
É de extrema importância que o diagnóstico seja preciso para não tratar veias de maneira desnecessária e que não precisavam ser retiradas . Da mesma forma, caso existam varizes, é importante caracterizar as categorias das veias, e trata-las de forma individualizada. Procure sempre seu MÉDICO de confiança e na dúvida, tenha de uma segunda opinião.