21 de novembro, 2024 07:27
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  Mais de um ano se passou desde que voltei para Tupã, a cidade onde cresci mas não nasci.
  Em 16 de Março de 2020, no meu vigésimo aniversário, meu presente foi passar o dia enclausurado em um ônibus e em um carro. Contrariado pois meu pai nunca houvera levantado a voz para mim antes, e não botando muita fé no real peso da situação que estávamos entrando. Inclusive só levei poucas mudas de roupa que uma mochila era suficiente para carregar.
  Esperava ficar no máximo uma semana ou pouco mais que isso, já que depois de me acostumar com a cidade grande, não cogitei voltar ao interior por um bom tempo. Quem me dera acontecesse dessa forma…
  Num piscar de olhos toda a nossa realidade já não era mais a mesma; foram tantas perdas, renúncias e frustrações que certamente foi um ano para entrar na história.
  Infelizmente eu fui um dos afetados pela pandemia, a qual levou meu pai. Não há um dia sequer que eu não sinta sua falta, mas essa é minha história e não posso deixar que as páginas anteriores sejam as últimas.
  Na verdade, nenhum de nós deveríamos pensar dessa forma.
  Essa pequena cidade foi meu palco por quase vinte anos, assim como é de muitos habitantes que passei por e nem sei.
  Vi e vivi muitas coisas, grande parte delas hoje são memórias dolorosas mas que me motivam a seguir em frente e melhorar, pois quando situações semelhantes vierem ao meu encontro, o impacto seja menor.
  Já fui chamado de muitos nomes, até me pergunto como vou ser creditado quando essa história chegar ao fim.
  Não importa qual sua idade, quem você é ou quais são suas metas, as adversidades e revoltas sempre estarão presentes em nossas vidas.
  Mesmo que o ponto principal de encontro da cidade seja uma avenida e nossos pontos turísticos sejam lanchonetes e farmácias, brincadeiras à parte, devemos nos orgulhar de nossas pequenas conquistas.
  Em tempos difíceis como o que estamos vivendo, pude perceber o quão forte e determinado é o ser humano quando precisa sobreviver, só não podemos deixar de aceitar quando a situação já não é mais favorável e devemos começar outro capítulo em nossas vidas.
  Antes um adolescente incompreendido, me sentia injustiçado perante as circunstâncias que me assolaram, mas hoje sei que os galhos e pedras que me atiravam são o alicerce que me fortalece e construíram o meu trono, onde descanso. Talvez esperassem que eu as usasse para construir muros e fortalezas, mas construí pontes e me orgulho do meu pequeno império.
  Acredito que só há mudança quando há desconforto, mas nada nos impede de começar uma revolução interior sempre que necessário.
  Contudo, tudo que começa tem de terminar um dia.
  Como Pompéia, minhas erupções agora petrificam o que ficou para trás; uma parte da minha história eternizada em meu peito, mas como a fúria de um vulcão que sua lava incessante consome tudo em sua frente, eu vou, até o dia que eu me torne extinto.

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