“Comer bem é investir em saúde para a vida toda”. “Ser saudável não está em uma única forma física”. “Na vida saudável, não há medo ou culpa, apenas alegria e equilíbrio”. “O papel do nutricionista é ensinar as pessoas a gostarem da comida e não a temê-la!” nossa convidada de hoje é a nutricionista juliana sanches, como filho de peixe peixe é podemos dizer que ela é a arquiteta ou a professora da educação alimentar. # gratidão
Olá, para quem não me conhece, muito prazer, eu sou a Juliana Sanches. Sou filha do arquiteto Edivaldo Sanches e da dona Andréa. E hoje vim falar um pouco sobre a minha trajetória profissional. Eu sou formada em biomedicina e tenho pós-graduação em docência universitária, mas essa não é a minha paixão. Após 6 meses de formada decidi encarar outra faculdade, dessa vez uma que sempre teve um carinho no meu coração, a nutrição. Uma vez me perguntaram o porquê escolhi ser nutricionista e a minha resposta estava na ponta da língua: Porque eu acho a profissão mais importante que existe. Você pode até achar que não, mas ninguém sobrevive sem se alimentar.
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Mas se uma alimentação saudável é tão importante porque as pessoas não conseguem seguir? Isso sempre me incomodou, antes mesmo de ingressar na faculdade eu ficava pensando no fato de que muita gente ia ao nutricionista, mas não conseguia seguir a dieta por tanto tempo. E foi no meu último ano de faculdade que, depois de pesquisar muito sobre esse assunto, encontrei uma nutrição diferente e muito gentil. Essa nutrição é a nutrição comportamental, que junta a alimentação com o comportamento do ser humano. O ser humano é complexo demais e dividi-lo em partes não funciona, você come o que come porque precisa de nutrientes para sobreviver, porque tem fome, porque é cultural, porque te lembra alguém ou por questões sociais. E é por isso que apenas entregar um cardápio para o paciente seguir raramente funciona.
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Seguir regras impostas pelas dietas de “pode ou não pode”, esse “engorda” ou esse “emagrece” ou de ter hora para comer quando o seu corpo não está pedindo por comida, podem causar consequências negativas a longo prazo. Como, por exemplo, reganho de peso, entrar no ciclo do efeito sanfona, desregulação dos sinais internos de fome e saciedade e pode até desencadear compulsões alimentares. Hoje eu trabalho como nutricionista do comportamento alimentar, atendo meus pacientes com foco numa alimentação saudável e sem neuras, e utilizo estratégias para a real mudança de comportamento. Ajudo eles a criarem hábitos alimentares mais saudáveis, a resgatarem seus sinais internos de fome e saciedade, a lidarem com as emoções sem descontar na comida, a valorizar o prazer em comer e estarem mais conscientes na hora da refeição. O meu objetivo é que cada paciente que passe por mim tenha autonomia para escolher o que querem comer com consciência e ainda assim atingirem seus objetivos.
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