Grande parte dos novos apês oferece a opção “cozinha integrada” aos futuros moradores, em especial, quando a metragem é baixa. Na moda, o formato também é visto em projetos de reformas. Mas será que uma cozinha totalmente aberta é boa alternativa ou tem pontos negativos que fazem da proposta uma furada? A arquiteta Camila e Lilian conversou com moradores e aponta vantagens e desvantagens da conhecida cozinha americana. Veja as opiniões, deixe seu comentário e participe!
Integrar é ampliar e interagir?
A compra do apartamento, uma vontade era certa: ter uma cozinha integrada. “Não queria ficar isolada dos outros enquanto estivesse cozinhando”, diz a entrevistada. Além de permitir a desejada interação com as visitas, a ligação do compacto espaço à sala de estar também “ampliou” os 95 m² do imóvel. “Em apartamentos pequenos, quando a planta admite a mudança, sempre sugerimos integrar para ganhar amplitude”, explica a arquiteta Camila Ferreira, do escritório Taj mahal . E este é um dos aspectos positivos indicados pela pela cliente Karol ao falar sobre a cozinha de seu apartamento com 60 m²: “Integrar foi a saída perfeita para driblar o espaço minúsculo, quase claustrofóbico. O cômodo aberto parece ser mais amplo, embora seja apenas um corredor”.
Nem tudo é uma maravilha?
No primeiro semestre desse ano, Lúcia resolveu reformar a cozinha da casa com generosos 250 m². Na ocasião, a dentista poderia ter integrado o ambiente de 16 m² à copa e à sala de jantar, mas preferiu mantê-lo fechado, porque não se imaginava cozinhando em um espaço aberto. “Acho mais tranquilo dessa forma, não tenho a preocupação de deixar sempre tudo organizado, além de não me preocupar com questão do cheiro”, diz Lúcia.
Embora adore o formato de sua cozinha, Karol tem problemas com esse último ponto levantado por Lucia : os odores (e também a gordura) do cozimento dos alimentos. No caso da Karol o projeto não prevê uma saída externa para coifa, por isso, o aparelho é usado como um exaustor comum, o que não garante plena eficiência. “Se o preparo da comida gerar fumaça, por exemplo, ao fritar um hambúrguer, a sala vai ficar com uma névoa e o chão vai engordurar, a menos que exista uma coifa bem potente. Um exaustor não resolve o problema”, alerta!
- Armários planejados Em uma cozinha integrada, a organização é primordial. Para ficar bonito, nem tudo pode ficar à mostra. Assim, analise bem o espaço e os itens que você já tem. Planeje armários para guardar os utensílios (até mesmo um lugar para esconder o escorredor de louças, quando ele não estiver em uso) e aparelhos como batedeiras e liquidificadores e cogite embutir os eletrodomésticos maiores como forno, geladeira, fogão e micro-ondas.
- Uma coifa potente Mesmo que o local tenha boa ventilação natural, invista em uma coifa com potência e tamanho suficiente para a metragem do seu espaço. Por exemplo, fogões de quatro bocas são atendidos por aparelhos com largura de 60 cm, enquanto os fogões e cooktops com até seis bocas costumam pedir coifas com 90 cm. Se no imóvel não tiver o duto de saída para o equipamento e o condomínio não permitir mudança na fachada, uma possibilidade é direcionar o tubo até um caixilho existente. Mas antes de tomar uma decisão, fale com o síndico para verificar se existem regras preestabelecidas sobre a instalação e consulte um arquiteto ou engenheiro para a execução de qualquer adaptação ou reforma.
- Decoração bem pensada Ao quebrar a parede (atenção! Antes de sair quebrando, também consulte um arquiteto para checar se é possível e segura a reforma) e integrar a cozinha, você vai precisar redecorar o espaço para que o visual seja harmonioso. Por exemplo, planeje piso e iluminação alinhados aos demais ambientes e aplique cores e revestimentos que “conversem” com o restante das áreas sociais.
- Lava-louças Tenha uma lava-louças para que a bancada e a pia não fiquem abarrotadas de utensílios usados no preparo das refeições. Nos dias em que estiver recebendo visitas, à medida que for cozinhando e servindo, coloque os itens sujos dentro do aparelho, deixando as organizada!